Ana Cristina Corrêa Mendes

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Astróloga, graduada no prestigiado Master's Course for Professional Astrologers de Noel Tyl, utiliza a Astrologia como ferramenta ao serviço do homem. Nomeadamente nas áreas Comportamental e Vocacional. O horóscopo, como um fantástico espelho reflector das ansiedades visíveis e invisíveis. Um mapa indicativo de potencialidades individuais, o conhecimento destas torna possível uma escolha mais consciente.

sábado, 31 de maio de 2014

40 anos agora

Plutão, transitou no signo de Balança, entre os anos de 1971 (final) e 1983; muitos nasceram com este posicionamento na carta.

Os nascidos em 1974 beiram os 40 anos, em breve irão viver a chamada de crise de meia-idade; uma oportunidade para acertarem (mudarem) ou brilharem.

Depois dos que nasceram com Plutão em Virgem, com uma abordagem reformadora no que se refere aos hábitos de vida.

Estes com Plutão em Balança, procuram e experimentam as transformações pessoais, nos relacionamentos, na arte, no sentido estético.
A cultura ocupa um lugar importante na transformação.

Vivem actualmente tempos de potencial abertura; Úrano em trânsito oposto a Plutão; a oportunidade de mudarem completamente a sua perspectiva, de se libertarem olhando para si próprios como seres individuais que fazem parte de um só. O seu papel na sociedade, a sua interacção com os outros.

O actual transito de Marte em Libra, um longo, reforçara a oportunidade; numa escolha mais equilibrada onde querem colocar as suas acções.
Com Marte o esforço poderá parecer excessivo, testando os limites; em qualquer a área onde se isto se esteja a passar. Como se à mercê de forças brutas ou com necessidade de as exercer.

Relembrando que os planetas representam energias, as casas áreas de vida: nós escolhemos o tipo de energia que vamos empregar em determinada parte das nossas vidas.

Úrano; a unificação que leva à união, o desapego dos que nos condiciona desafia Plutão que em Balança ( a perspectiva pessoal ligada à reflexão social).

Chiron a ponte entre os mundos; matéria que limita - Saturno e Úrano - a libertação pelo desapego.
Estava naquele tempo (1974) em Áries em quadratura a Saturno em Câncer; feridas emocionais que condicionam a acção; a necessidade de encarar o déspota dentro de si e não culpar o exterior.

Esta formação natal, tem recebido, ou tem estado accionada pelo transito de Júpiter (expansão). Com 40 anos, a escolha do que se quer expandir terá que ser mais consciente do que o foi há 12 anos atrás.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Mudar de lentes

Porque a vida é feita de sucessivas oportunidades. Pode acontecer não estarmos preparados ou atentos, mas isso também pode ser melhorado.

No dia-a-dia, somos absorvidos pelas circunstâncias, até à hora de dormir são poucos os momentos nossos, em que nos escutamos. Para mim o regresso às origens de que tanto se fala é isso mesmo. Ouvir-nos a nós e ao eco-sistema, dando tréguas ao continuo fluxo que nos invade pelas várias vias que nos distraem.

Se bem que o horóscopo com que nascemos é o mesmo toda a vida, este não é estático já que nos cabe a responsabilidade de evoluir e viver cada dia melhor.

“We are never deceived; we deceive ourselves. ” Johann Wolfgang von Goethe

Mercúrio, o planeta que simboliza a necessidade de pensar e como, logo nos leva a tomar decisões. Para alguns já estará mais claro o seu padrão de pensamento, já experimentaram olhá-lo de frente e conseguiram libertar-se de limitações ou ilusões. Já conseguiram ampliar o conhecimento.

No dia 7 de Junho próximo e até 1 de Julho, Mercúrio estará retrógrado. No signo de Câncer, como esteve em Julho do ano passado.

Nestas fases são já conhecidos os vários avisos relativos aos assuntos inerentes, comunicações a serem acautelados. Não esquecendo de que exterior manifesta-se por algo que criámos e todas as ocorrências nos remetem a atenção para alguma coisa que merece uma outra linha de pensamento, abordagem.
O sentido destas movimentações merece mais do que paciência, talvez de uma mudança de lentes.

Como muitos, já por várias vezes em períodos de Merc. rx, fui confrontada com a necessidade de decidir sobre assuntos que preferia não ter de o fazer naquele momento, medo de não estar a ver bem, receio de me vir a arrepender etc.

É verdade que isto tudo pode acontecer, quando não queremos pensar sobre as nossas próprias razões para...uma boa desculpa para responsabilizar o exterior ou enraizar dúvidas em decisões tomadas.

Hoje aproveito o período de uma forma totalmente diferente, principalmente quando se me depara uma situação que carece uma decisão de fundo, até agradeço. Preciso de escolher com a maior das honestidades, um teste à minha consciência num Todo; os planos emocional, mental e espiritual.

Em Julho passado, retrógrada Mercúrio em Câncer o mundo emocional e as questões de segurança e sustentação emocional.
No inicio do movimento é desafiado por Neptuno, vale a pena pensar o que pensámos, o que fantasiámos então.
Neptuno tem uns lindos óculos com lentes cor-de-rosa, quando os aspectos práticos da vida nos desafiam.

Todos temos um eixo de Câncer - Saturno no horóscopo, a sustentação emocional que nos leva a interagir na sociedade, a segurança necessária para traçarmos metas. Foi esse eixo que esteve sob revisão.

Precisamente o mesmo que irá estar no próximo período; (em graus diferentes) em se tratando de Câncer, as memórias são importantes, o que retemos emocionalmente; o que precisa ser libertado.
Este novo período iniciasse com Mercúrio desafiado por Saturno, caso as circunstâncias se repitam, ou os assuntos ainda nos ocupem os pensamentos, uma oportunidade de mudar as lentes, de resolver.

Neptuno também estará envolvido neste inicio, suavizando pensamentos, estruturando sonhos e visões.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O que projectamos.


O Ponto Cardinal ou Aries Point (AP = 00º de Carneiro – Caranguejo –Balança - Capricórnio).

Este ponto ressoa quando tocado por um planeta, as necessidades e os assuntos simbolizados por esse planeta assumem prioridade.
A ser observado e incorporado, no estudo da carta natal e no dos trânsitos e progressões.

A energia que dá vida a este ponto, é sempre a que vem à frente, a que projectamos.

Mesmo quando não existe um planeta nestes graus, encontramos o midpoint (o ponto-médio). Cuja premissa é a da localização de um terceiro planeta ou ângulo estar equidistante de outros dois planetas.

Exemplificando:
AP=S/P; O Aries Point está a meio caminho (ponto) entre outros dois planetas, Saturno/Plutão. O que neste exemplo poderia ser lido como; projecção pública através da estrutura e disciplina/necessidade de poder e controle.

Existem vários pontos médios importantes, e o estudo dos mesmos imprescindível já que permite uma dimensão mais alargada ao estudo de um horóscopo.

Voltando ao Ponto de Áries, deparei-me com um interessante que serve de exemplo ao trabalho que me ocupa neste momento, a preparação dos trabalhos para o dia 7 de Junho.

Paulo Coelho, tem no Ponto Cardinal=Mercúrio/Chiron; creio que não necessito traduzir; mesmo quem nunca leu PC sabe sobre o que ele escreve, o que ele comunica em inúmeros livros.
Livros que reconfortaram muitos. Denominada literatura de auto-ajuda, eis que temos a projecção pública através da comunicação (Mercúrio) como serviço de auto-ajuda e transformação pessoal.

Paulo Coelho tem Chiron na 6ª Casa (de serviço, as preocupações com as condições físicas) em Escorpião, sensível ao inconsciente colectivo no que se refere à necessidade de transformação.

Plutão está na 3ª, a comunicação e a passagem de informação o exercício que lhe é necessário para uma auto-consciencialização. Conjunto a Saturno em Leão, ambição de ser aclamado. E não há dúvida que o é; Saturno Plutão - proeminência, Saturno rege a sua Casa 9. Não sei se ainda é dele o recorde de ser o escritor traduzido em mais línguas
.




terça-feira, 27 de maio de 2014

Mais uma combinação

Porque amanhã dia 28 teremos uma Lua Nova.

Desta vez Sol e Lua em Gémeos; esta combinação espelha uma enorme energia para comunicar, diversificar a par com uma enorme necessidade de estar informado, brilhar pelas ideias e conhecimento. Trabalham incansavelmente para serem levados a sério.

Este encontro acontece no 7º grau de Gémeos, logo em quadratura a Neptuno (a transitar em Peixes). A melhor energia será subtil, ou seja sem condicionantes egocentristas.

Com Neptuno a mesclar o mental, a evitar ilusões e decepções dos motivos camuflados.
A beneficiar as ideias quando maiores que aquele que as tem. A energia é de Unidade.
Recadinho especial para quem esta formatura venha accionar algum ponto importante da carta natal.


Na dúvida, nada como se perguntarem a quem vão beneficiar com aquilo que transmitem; o ideal é que seja a muitos e não unicamente a si mesmo.

Que as boas ideias sirvam o colectivo.

Good ideas are not adopted automatically. They must be driven into practice with courageous patience.
Hyman Rickover

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Isadora Sol em Gémeos.

Isadora Duncun, nasceu num dia 26 de Maio; a marca que deixa, até hoje uma referência no mundo da dança.

A viagem dela neste planeta, foi daquelas cheias de curvas e contracurvas, a irreverência que a norteou, os sonhos que correu atrás. Na sua vida pessoal, nos ideais políticos que professava.

Nascida com o Sol em Gémeos, conjunto a Mercúrio, iluminando ideias, Vénus junta-se a este par, a procura da perfeição.
Vénus em Gémeos rege a sua Casa 7, foram várias as ligações que lhe são conhecidas, numa profícua procura dela mesma.

Saturno regente do MC desafiado por Úrano em Leão;a sua performance marcada pela irreverência pessoal.
Esta assinatura reforçada; Marte a reger o Ascendente em Aquário (teria que ser a 1ª em alguma coisa) oposto pelo próprio Úrano, uma urgência pessoal e em se tratando Ascendente, o corpo físico e a própria personalidade.

Esta oposição, recebe uma quadratura de Plutão, que rege a Casa 8; a sua necessidade de liberdade e o seu ego em desafio com os valores do outros. As transformações pessoais ligadas à morte, como a dos filhos.
A Lua na 8, rege a Casa 4 e recebe uma quadratura de Marte: uma hiperatividade e convicção emocional que a impulsionavam.

Plutão na 2ª casa em Touro, acentuando a necessidade de estabelecer a perspectiva pessoal. Úrano - Plutão, a criação de uma nova perspectiva. O que Isabel potencializou, atraindo uma série de conflitos sociais e pessoais.

Chiron na Casa 1 conjunto a Neptuno, o sacrifício pessoal, em Touro (os nossos valores)que não encontrava em si, ligado a Júpiter (no ponto Cardinal em Capricórnio), expandido as suas aspirações por uma nova sociedade.

Neptuno rege a Casa 12, Chiron com Neptuno (uma negligência nos aspectos práticos da vida)
I spent long days and nights in the studio seeking that dance which might be the divine expression of the human spirit through the medium of the body’s movement.

Mais tarde o alcoolismo, outra face obscura desta assinatura.

Morreu como viveu, espectacularmente; no seu retorno de Chiron, num acidente de carro. Úrano em trânsito dinamizava a assinatura natal; Chiron - Neptuno e Júpiter numa transformação para o mundo espiritual. Let it fly.

sábado, 24 de maio de 2014

Feeling good

São muitos, os que têm Saturno num dos signos Cardinais (Áries, Câncer, Balança e Capricórnio)

Pelo que em determinado momento, já foi, é agora ou ainda vai ser; têm uma oportunidade gloriosa de libertação. Ajudados pelo transito de Úrano, agora a 15º de Áries a desafiar o Saturno natal.

Oportunidade para reformar o vosso mundo, abandonar tudo o que vos prende e amedronta de SER.

Oportunidade para subir na onda que vos liga a uma ordem maior.

Oportunidade para sentirem o verdadeiro prazer da individuação, quando o desejo deixa de estar limitado por aquilo que os olhos vêm.

Oportunidade para sentirem aquela felicidade que vem, pelo facto de terem
acordado, respirado e olhado o céu.

Oportunidade de se sentirem gratos pela vida e só por isso.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Abençoadas quadraturas.

O mapa astrológico de Carl Jung, acredito ser o mais estudado pelos estudantes de astrologia.

Como o de outros(as) que se tornaram eternos pelo seu legado, é rico e exemplar de como para potencializar uma vida, necessário será fazer o melhor uso do que aparentemente são condicionantes. Falo das quadraturas e oposições.

Aspectos que representam sempre trabalho acrescido, confrontos que se atraem para evoluirmos.

Ainda oiço vezes demais, sou assim porque Neptuno está....ou sou assim por causa do Úrano e..., como astróloga devo confessar que já não me irrito, como acontecia mas, sinto-me um tanto desanimada com esta forma reductiva de se olharem mapas.
Olhar os mapas só para constatar ou encontrar razões para ficar cheio de razão na mesma. Para mim um exercício académico estéril.

As quadraturas de CJ; Úrano regente do AS com a Lua, regente da 6ª (na 3ª em Touro e em recepção mútua com Vénus). Sem me alongar pela infância e sugestões desta assinatura, foco-me aqui na idade adulta e no que nos é dado conhecer do seu trabalho.

O pioneirismo ao serviço do bem-estar dos outros, um serviço ao qual trouxe uma nova visão, que comunicou. Muitas vezes a sua peculiar aproximação e análise provocou celeumas e anticorpos sociais. Mas também é por isso que o conhecemos.

Plutão está na 3ª (where I stand? a transformação/perspectiva através das opiniões próprias e a dos outros). Sempre necessário o confronto para um entendimento maior. Em quadratura com Saturno na 1ª regendo a 12ª, (muito fica por dizer aqui acerca deste).

Plutão rege a Casa 9, dos estudos superiores e dos professores, sabida é a querela que o afasta de Freud, precisamente pela visão do oculto em que Jung insistia. Assuntos da Casa 12. Mais Plutão em Touro (reforma da sociedade) Saturno em Aquário (ambição com uma orientação humanitária e a necessidade de reconhecimento pelo seus pares)

Entre 1902/04 entra em contacto com o trabalho de SF; na altura um arco solar de Vénus ao seu Úrano; Vénus regente da 3ª e co-regente da 8ª (activa a quadratura natal; as suas ideias e a dos outros, de notar o cariz sexual do trabalho de Freud) Durante anos, discutem e trocam ideias por carta.

Encontram-se pessoalmente a 27 de Fev. 1907; um arco solar de Júpiter regente da 10ª, a expandir ambas as quadraturas natais. Só pode ter sido um grande momento para CJ.

Foi em 1930
, que aconteceu o rompimento da amizade; as ideias de um em confronto com o outro um obstáculo que não conseguiram ultrapassar. Um arco solar de Marte a Úrano, activando a sua individualidade, a acção de uma vontade dominante.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Activo - Pacificador

Marte é o planeta representante do tipo de energia que necessitamos aplicar para obter resultados.

Tradicionalmente em Fogo e Cardinal mas também Fixo e em Água; iniciar, comandar, teimar e seguir instintos.

Naturalmente se nasceu com desafios, ou energias repressoras, será fácil de entender que desde a infância que se sentiu algo reprimido; a ver a Casa onde reside e a que rege. Instintivamente se esconde, planeia, actua e muitas vezes se sente frustrado.

Porque Júpiter em transito atravessa o signo de Câncer; passou, passa ou passará por cima de uma série de Martes ali residentes.

Para se entender o trânsito como oportunidade, será necessário entender bem aquela energia no horóscopo: Marte em Câncer não é directo, não se manifesta livremente, pode ser manipulativo, uma questão de estratégia principalmente se padronizou a necessidade de trabalhar em segredo para conseguir.

A energia está lá, aparentemente passivo, muitas vezes com a agressividade voltada para dentro para o próprio mesmo que quando dirigida para fora.
Em Câncer, é Cardinal, quer iniciar e é instintivo, muitas vezes reactivo. Tem necessidade de mostrar trabalho, buscam segurança.

Muitas vezes dominados pelas emoções, são estas que os impulsionam e os paralisam, no caso em estas estejam bloqueadas por exemplo por Saturno; confronto com autoridade e desafios à tradição, ou com Plutão controle e perspectivas de impotência. Uma sugestão de passivo-agressivo.

Júpiter em transito poderá aumentar antigas crenças do Marte em Câncer, inconscientemente a reacção poderá crescer e repetir velhas explosões/confrontos, em situações novas.

Conscientemente, pode ser a grande oportunidade deste Marte, de actuar de forma diferente para obter melhores resultados.
De expandir a energia pelo seu melhor, integrando-as com as qualidades com o que quer que lhes esteja a fazer frente, o que quer que seja que o fez sentir uma vitima foi apenas enquanto acreditava não ter escolha.

Júpiter expande, a mente eleva-se, nestes tempos de abertura colectiva, a responsabilidade pessoal de aperfeiçoamento é uma constante.

No caso para Activo - Pacificador.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

The pretender

Se com a Lua Mutável - A negação para própria protecção.

A Lua Cardinal - Pretende não se preocupar, por vezes usando de algum dramatismo para auto-protecção.

Luas Cardinais em Fogo (Áries - Leão - Júpiter)

Tenho uma mão-cheia de Luas Cardinais nos meus ficheiros; têm o seu lado destemido e gostam da novidade, acima de tudo de ter razão.

Mas muitas vezes se boicotam a eles próprios, no seu Todo. Quando se deixam dominar pela reactividade.

Em Áries (Casa 1) a necessidade de fazerem as coisas à sua maneira, muitas vezes reactiva quando contrariada. O que se torna um boicote para o próprio quando esta reacção, auto-protecção, os impede de aceitar a ajuda dos outros. A reacção pode ser violenta ao sentirem-se ameaçados na sua liberdade.
O irónico desta reacção, se bem que dirigida contra outros, é efeito da frustração interna, de liderar o seu próprio caminho.

Em Leão, de todas a mais dramática, a Casa onde reside dará indicações de onde gosta de brilhar e podemos contar com alguma gabarolice. As criticas não são bem-vindas; tanto mais que a necessidade de reconhecimento é o que os leva a desconectarem-se deles próprios.

Em Sagitário, a necessidade de provarem o seu ponto de vista, optimista e excelente conselheira para os outros, difícil será aceitar os conselhos alheios. Já que esta Lua sabe, acredita no universo, uma visão que não reconhece nos outros quando é ela a visada.

Quando olhamos as necessidades da nossa Lua
e, os seus mecanismos de defesa, quando tomamos consciência das reacções de fora para dentro, ou seja quando tomamos consciência de que reagimos a uma energia que não queremos lidar com. Que preferimos não nos preocupar com e, que nos é trazida pelo exterior.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Uma menina...

que no mínimo é controversa. Isto é muito Úranisada.
Miley Cyrus, começou cedo a ter o seu séquito de fans; na fase inicial, inocente e cândida da Hannah Montana.

Não esquecendo de que nestes casos há sempre por trás uma grande máquina publicitária, é interessante verificar os reflexos na sua sua carta astrológica.

Tendo em conta que Úrano lhe rege a casa 10, a irreverência na vocação, a necessidade de ser diferente, em conjunção com Vénus (regente do Ascendente e Casa 6). No que nos é dado observar a necessidade de quase chocar pela postura irreverente.
Isto sob as tonalidades de Capricórnio, ecoando a ambição, mas Vénus (em Capricórnio) sugere sempre alguma demora no essencial venusiano; a necessidade de notoriedade e respeito precisam do amadurecimento que as experiências irão trazer. Um lado emocional que demora a crescer.

Saturno, colado à cuspe da 10, em recepção mútua com Úrano, uma empresária e pioneira na vocação. Saturno quer para si a autoridade a sua e não a dos outros. Úrano quer ser livre e estabelecer os próprios limites, sem limites.

Em 2004, quando apareceu pela 1ª vez, o horóscopo espelha a enorme projecção; transito de Plutão (regente da 7) ao Eixo do Nódulo Lunar; projecção pública potencializada. Marte, regente da Casa 12, completava o Arco Solar ao Eixo MC-FC; mudança de status, o seu aparecimento não poderia estar melhor escrito astro-logicamente.

Em 2013 despede-se da inocente Hannah e, assume uma irreverência que o público não lhe conhecia; Plutão transitava sobre Vénus, para uma total reforma do seu self.
Ao mesmo tempo um Arco Solar de Neptuno à Casa 10, em termos musicais e meios de exposição muito benéfico para a sua carreira profissional. Apesar das várias criticas, continua a usufruir e a aumentar a lista de fãs.
Em termos pessoais talvez alguma confusão, para isso seria necessária uma conversa séria com a menina.

Ultimamente, sucedem-se as noticias das suas exposições, Úrano em transito tem estado a desafiar a sua Vénus, a irreverência pessoal ajudada pela máquina publicitária tem-se feito notar.

Nos próximos tempos, um Arco Solar de Úrano ao MC em conjunção com um transito de Saturno ao Eixo AS-DC, uma oportunidade de revisão da sua postura, Úrano em transito continua a desafiar Vénus, a libertação que muitas vezes se encontra através do inusitado.

Esta fase de cariz sexual exacerbado; Miley, tem Júpiter como regente da 8 e este desafiado por uma quadratura de Úrano; o que sugere uma enorme abertura, Plutão em transito está a caminho desta formação natal, pelo que é de se esperar uma exploração deste campo, pessoalmente um astrólogo amigo deveria acautelá-la para possíveis experiências de grande intensidade.

PS. MC tem Chiron em Leão na Casa 4 "a projecção leonina" a ecoar na 10ª regida por Úrano.

sábado, 17 de maio de 2014

O camaleão

A perfeição que se encontra no mapa pessoal; um indicador leva-nos a outro, quando começamos a perguntar-lhes porquê e observamos um eco do que já havíamos constatado.

As nossas necessidades são rainhas e, são estas que nos levam a...

Por vezes a necessidade de negação, uma forma de não nos magoarmos, uma protecção das nossas vulnerabilidades, emocionais claro.

A Lua consoante a sua modalidade usa os recursos de que dispõe.

A Lua quando Mutável pode ter apreendido desde cedo, a proteger-se do que a magoa, negando, não falando e mesmo não pensando em determinados assuntos.

Não sendo uma prática de "pensamento positivo" mas sim uma dificuldade em enfrentar a realidade, logo ela permanece oculta, por vezes até da própria.

As dores permanecem ocultas, o que nos é dado ver; mecanismos de defesa e necessidade de controle.

Signos Mutáveis; Gémeos, Virgem e Sagitário, como percebemos, como nos adaptámos à rotina, o conhecimento que iremos usar para ser.
A adaptação à laia do camaleão.

O intelecto e a justiça no seu melhor ao serviço dos outros e fantástico quando um dia se serve a si próprio sem subterfúgios. Não se negando a si próprio.
Nessa altura estamos com os outros sem necessidade de os controlar.
As situações são o que são e existem para que as vivamos no presente e de forma inteira.

Se à modalidade lhe juntarmos o Elemento:

Ar - a negação quando outros assuntos são os falados para que aquele que magoa não receba as atenções.

Terra - a negação através da auto-suficiência, mantendo as vulnerabilidades escondidas.

Fogo - a necessidade de provar os seus pontos de vista.


A última necessidade a de controle; de controlar as circunstâncias e proteger o ego das dores emocionais, evitando enfrentar situações que desagradam.

Em se tratando de intelecto, um dia estuda-se e compreende-se o mecanismo, depois será necessário uma consciência vigilante para não repetir o padrão da busca de conforto através da adaptação
ao desconforto.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A história é importante...

a nossa história.

Na preparação de consultas faço sempre uma volta pelo mapa, desde o inicio, por variadíssimas razões; nós que se mantêm e que se traduzem em dinâmicas repetitivas, etc...etc. A necessidade de as tornar conscientes...

Neste zapping astrológico, muito fica esclarecido de como determinado planeta, acciona o mapa individual; quando se fala de transitos, eu aqui e outros, falamos de forma generalizada. Depois há que aplicar estes à pessoa.

Há uns dias falei de Vénus a passar conjunta a Úrano, o que é diferente de Úrano a dinamizar uma Vénus natal.

A energia de Vénus - Úrano em conjunto, sugeria uma onda de boa disposição, uma vontade de sair, uma novidade. Muito importante perceber no mapa de cada um, o que estes arquétipos regem, bem como aqueles que são activados; assim quando queremos olhar para o futuro, podemos sem muito erro perceber as áreas de vida em destaque.

Em se tratando de Úrano, há sempre que dar espaço, o que aguardávamos chega de repente mas também algo mais.

Com Úrano lembro-me sempre; num segundo tudo pode mudar. No caso de ele activar um ponto da carta pessoal.
Sem esquecer que teremos que fazer a nossa parte; se quiser que de repente lhe saia o euromilhões, terá que jogar.

Que as novidades sejam boas.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

O nº 12

Abrindo a porta 12.

Para quem estuda Astrologia, cedo se aprende ou se fica confundido com a Casa 12, cujas palavras chave; confinação, doença, bastidores, etéreo, algo escondido, porta para o divino.

Quem tem ali planetas que se manifeste, desde cedo pode ter experimentado as diversas sensações. Onde tudo está mais contido, qualquer planeta naquela Casa vai sentir a sua energia presa para o mundo, uma energia pessoal que parece estar aquém dos outros.

Numa 1ª fase poder-se-á sentir as energias ali, como uma condenação, afinal esta casa (4ª derivativa de um dos pais), algo desde cedo contribuiu para a padronização deste comportamento.

Se o lugar que ocupamos na sociedade, no trabalho (Meio-do-Céu), com repercussões no lar (o Fundo-do-Céu).
O self, o ego directamente ligado ao outro (Ascendente ou o Descendente), os outros não nos vêm como realmente somos.

Serão os outros que não nos vêm ou nós que não nos assumimos?

Na Casa 6, iniciamos a colaboração com os outros, a necessidade de ser prático e disciplinado. Para abrir a porta oposta, a 12; necessitamos elevar a compreensão mercuriana, Terra, integrá-la para além dos 5 sentidos, com compaixão.

Usando os trânsitos, ou progressões do regente daquela Casa que acontecem ao longo da vida como oportunidades, poder-se-á abrir, ver a necessidade de serviço muito mais abrangente do que até ali.

Este entendimento, eleva-nos, alteramos a perspectiva, sentimo-nos mais completos. O que até ali nos confinava, é o que nos liberta. Como se acordássemos de um estado comativo, com um novo fôlego.

Tudo passa a fazer sentido.
Sentimo-nos mais perto da plenitude.

Infinito

Somos compostos por pouquinho de tudo, somos parte de um todo e se virmos o horóscopo pessoal como um reflexo do macro cosmos, ainda fará mais sentido.

As pessoas habituaram-se a dizer que são do signo Y ou Z, o que elas estão a dizer é que têm o Sol nesse dito signo. Também oiço dizer que não se dão com os signos A e B... Esquecendo que os ditos também se encontram na sua carta natal, fazem parte do seu "DNA", vale a pena ponderar sobre o que essa energia que as desagrada representa no próprio tema, que área de vida simboliza.

Quando nos referimos ao signo de Escorpião, Água - Fixo - Casa 8, a Plutão e a Marte. Em todas as cartas astrológicas temos uma Casa 8 e o signo Escorpião posicionado numa das 12.

O mesmo será dizer que as características atribuídas ao referido signo irão coexistir independentemente de onde está o seu Sol.

Assim sendo, uma parte de cada um vai poder sintonizar com as profundezas inerentes, áreas que requerem aprofundamento para que o individuo se conheça, até onde e até quanto.

Se os planetas sentissem, irão experimentar o peso emocional aliado ao Poder e Fracasso, à morte, sexo e instinto de sobrevivência. Nos tempos que vivemos, esta muito associada ao dinheiro. Em Escorpião a força de juntar recursos, os nossos com os dos outros. Até interiorizarmos esta energia, iremos viver na sombra do querer levar vantagem.

Plutão em Capricórnio actualmente, todos podemos ver o reflexo no arrasar de status quo de diversas organizações Saturno, nomeadamente burocracias.

Quando confinamos esta energia à carta pessoal, também iremos encontrar a Casa de Capricórnio e/ou o seu regente Saturno, a ter que lidar com a transformação de uma qualquer área que parecia devidamente segura e alicerçada.

Somos afectados por tudo e e afectamos tudo.

Repetições

Marte, no caso de querem entender e aproveitar o período que se aproxima. Em astrologia aprende-se a procurar fios condutores, ecos do que é importante em determinada altura.

Talvez alguns se lembrem do inicio de 2010, quando Marte esteve retrógrado em Leão, um signo de Fogo. A energia de Leão procura admiração e, esta chegará consoante a expressão amorosa que se emane. Simples não é?

Quando falo de expressão amorosa, não me refiro apenas a amantes, mas sim toda e qualquer actividade em que pomos para fora o nosso amor e criatividade.

Nestes momentos de Marte retrógrado, uns sentem como um período em que nada acontece ou que as acções não acompanham as vontades. Lembrar períodos passados e o que estava na altura em questão, é muito importante para uma maior consciência do que vamos fazer hoje.

Imaginem estas épocas de retrogradação, como momentos em que o nosso guerreiro, Marte, resolvesse ir fazer terapia.

Poderemos ver Marte, deitado no divã a falar das suas acções, porque fez, do que se arrepende, o que provocou, o que teme e como gostaria que tivesse sido...

Seja qual for o tipo de terapia, é sabido que se abre uma porta ao confronto com as próprias razões.

Passar por esta porta é sair da nossa zona de conforto e agora coragem para continuar e alterar o necessita ser alterado.

Marte, no período próximo em Balança, aqui falado ontem, remete-nos para o arquétipo dos relacionamentos e parcerias, de como queremos ser apreciados e populares. A necessidade de equilíbrio entre o que damos e o que recebemos.

Seja em que Elemento resida o Marte natal, há causas que o tornam num guerreiro sanguinário, o impulso que cega e tolda a razão, quando apenas reactivo em vez de pro-activo.

Em Água, o impulso das emoções.
Em Ar, o das ideias.
Em Fogo, o da inspiração.
Em Terra, o da sensualidade. (esta não é apenas sexual)

Leve o seu Marte para o divã e reveja aonde os impulsos anteriores o colocaram, no que aprendeu e aproveite a oportunidade para mudar o que tem de ser mudado.

Revisões

Revendo, períodos anteriores de Mercúrio retrógrado, afinal sempre uma boa altura para re-dizer, re-escrever, re-analisar, re-tomar e porque não re-começar em vez de recriminar.

Em Maio 2003, Mercúrio retrógrado no signo de Touro, Mercúrio disposto por Vénus, em Terra, analítico a pensar em valores sociais e não só, sentido de criar e construir: nessa altura tive que assinar um contrato profissional, que mais tarde se revelou uma prisão.
Hoje tenho consciência que me senti "aliciada" por outros sinais de brilho não tendo dado ouvidos ao que intui, quando Mercúrio retrogradou só me fez perguntar a mim mesma - é isso que queres? E a decisão final é sempre nossa.

Em 2008, Junho, preparava então o workshop do Noel Tyl, precisamente quando a divulgação do dito se torna mais alargada, o meu computador parou de vez.
Na altura o movimento teve lugar no signo de Gémeos - comunicações. Apanhou-me numa altura em que além dos diversos contactos que me chegavam por e-mail carecendo de respostas, tinha uma série de consultas agendadas e para as prepare o computador era-me imprescindível.

Mercúrio neste momento retrógrado em Peixes, tenho re-visitado, questões tão pertinentes, como a fé. O entendimento para além dos 5 sentidos. As decisões que se tomam de forma reactiva, reagindo às condições exteriores que são sempre as que escolhemos, mesmo que o tenhamos feito de forma in-consciente.

Observar a Casa onde movimento acontece, bem como as regidas pelo planeta, é uma extraordinária indicação do que estará a ser necessário re-avaliar.

Poderão relembrar o que andavam a equacionar e a matutar acerca da vossa vida há um ano atrás, (Fev-Março) quando Mercúrio esteve neste mesmo signo e possivelmente na mesma Casa. Para além das informações que vos chegaram ou não chegaram, talvez algumas dúvidas internas persistam ou melhor ainda algo tenham entendido nessa altura.

Muitas vezes nestes períodos somos desafiados a tomar decisões que preferíamos adiar. Ou então sentimo-nos pressionados a tomá-las. Não queremos mesmo é ser responsabilizados pelas mesmas. Se as informações nos parecem chegar incompletas, existe sempre a do nosso EU, esta é sempre clara, desde que a queiramos ouvir.

Estas retrogradações, acontecem normalmente 3 vezes por ano (ás vezes quatro), durando cerca de 24 dias. Se olharmos estes ciclos de uma forma integrada, encontramos um fio condutor, os assuntos que transportamos, as situações que carecem de analise.

Próximos períodos 2014;
6-28 Fev.
7 Jun-1 Julho
4-25 Out.

Verdade, verdadinha

Porque os relacionamentos estão e estarão sempre na ordem do dia, ou seja a ocupar as nossas mentes e corações; cada um com as suas questões... Uns irão prolongar este tempo e processo mais do que outros.

Ocorreu-me dizer, para alguns repito-me, que não há vencedores nem vencidos nestas "querelas" e que a MAIOR luta é connosco mesmos. Esta é a verdade verdadinha.

Como astróloga, tenho o privilégio de conhecer muitos enredos, uns mais complicados do que outros. Na sua maioria as pessoas ATÉ sabem o que está em jogo. Aceitar é o complicado!
Na grande maioria das vezes são as próprias que estão em processo de libertação, crescimento, mudança. MAS têm receios, aquilo vai contra tudo o que idealizaram na vida, elas estão a viver com o ideal que criaram e não com o(a) outro(a), vai contra o que se habituaram, tira-os da zona de conforto.

Pelo ideal se sujeitam, até um dia...esta fase que pelos vistos entrou em força, Saturno em Libra, é precisamente a ideal para se ir a fundo no equilíbrio dos relacionamentos, a bem ou a mal, facilitando nós ou não.

Verdade, verdadinha, uma relação amorosa tem que significar crescimento, liberdade de ser, prazer e paz para os dois mas para isso é necessária a paz E consciência individual, obter esta através do outro, não! Coitado do outro e de nós.

Todos o fazemos um pouco eu sei e por isso um dia vamos perceber que o outro já não basta, até nos deu tudo o que tinha...mas a falta é residual. Foi bom mas...

Enumerem o que a relação com outro(a) vos trás; a calma de uma rotina, os filhos dos dois, de se sentirem amados, a ideia de que tudo está como devia estar, o hábito, a situação financeira, os amigos e a envolvente social, o companheirismo de anos, o arrumar de "coisas", o sexo e muitos mais... Claro que há aqui um factor que turva isto tudo, as emoções invariavelmente agregadas, que nos derrubam, que nos magoam, que nos turvam. É AQUI que se torna importantíssimo que nos conheçamos amplamente, que saibamos aceitar enganos, ilusões, receios, traumas, etc, etc. Que aceitemos o que somos hoje, despidos e desmascarados.

Conselho; chorem, desabafem, deixem que estas (as emoções) se manifestem. Depois peguem num lencinho, sentem-se e chamem pelo vosso Mercúrio (mente racional) e tenham uma longa conversa, sem subterfúgios. Esta pode ser com interlocutor ou não, preciso é que estejam dispostos a sair do nevoeiro, a aceitarem-se. E a ouvir outra coisa do que aquilo que gostariam.
Esta é a altura ideal para o fazerem.

Quando se começa a perguntar pela sinistraria (a relação entre os 2 mapas astrológicos), está tudo estragado, porque se duvida? Porque o Marte e Lua estão em tensão? Porque o Saturno e o Úrano disputam?

Quando me pedem este, com a devida autorização de ambos, ocorre-me logo perguntar o que procuram que não esteja já nos mapas pessoais, uma vez que isto acontece quase sempre em tempos de crise. As mesmas que se perfilam para nos fazer contactar com parte de nós que temos omitido, evitado. Não é o casal que está em causa, esta é uma consequência.

O Sol

Quando olhamos uma carta natal e usando uma imagem de Noel Tyl, (meu querido Mestre) olhamos para esta como se tratasse de uma planta; o Sol sendo a fornalha e os outros planetas a tomarem conta das diversas áreas ou cómodos, não perdendo de vista o peso do seu arquétipo, nem tão poucos as necessidades sugeridas por cada um.
Todos estes corpos estão ligados por canos (aspectos) há aqueles completamente desimpedidos (os facilitadores) e os outros que nos dão mais trabalho, requerem a nossa atenção e esmero, o que muitas vezes nos conduz à especialização naquele tipo de obstrução.

Para aqueles, a quem a vida afectiva corre bem, porque não levarem um pouco dessa energia para a próxima entrevista profissional. Para os outros trabalhadores incansáveis que vão tendo a alegria de se sentirem satisfeitos com o próprio desempenho, de irem conseguindo vencer os desafios que lhes apresentam, porque não trazer essa força para a parte mais intima. Acreditando que como a outra parte da vida, está ao seu alcance a resolução.

Tendo em conta a planta, não somos feitos de compartimento estanques, se não viveríamos só em partes da casa, tudo está ligado, tudo é necessário e portanto tudo pode ficar contaminado.
Devemos é
escolher que tipo de tratamento queremos dar aos nossos canos. Ir paulatinamente desimpedindo todos ou deixar que as obstruções se multipliquem

Àgua mole em pedra dura

..., o adágio que me ocorre quando penso no resultado visível de uma passagem de Neptuno. Depois da confusão, não entender, só se sentir desconexão, solidão e uma vontade louca de fugir...sem se saber bem para onde.

Esta é a altura que os outros não nos entendem, que alguns resolvem ir ao psicanalista ou tomar algo, numa busca vã da solução imediata.
São fases de vida mais ou menos longas, este planeta também se move lentamente e por isso os resultados às vezes só visíveis ou concretizados quando termina o encontro exacto. Ou seja quando este deixa de "incidir" naquele ponto da carta natal. O que esse ponto representa na nossa vida, a área que estará a ser trabalhada.

No caso Sol, vamos dar connosco "obrigados" a largar alguns padrões da nossa essência que fazendo parte da nossa natureza, nos prendiam a medos e certezas. Estes ao se dissolverem conduzem-nos a uma liberdade que desconhecíamos.Uma libertação de dores egocêntricas.

Com Neptuno, essa liberdade é interior, Neptuno não se rege por burocracias e organizações como Saturno, ou por poderio como Plutão.
A energia de Neptuno muito mais subtil, é o acordar espiritual, o exercício é de dentro para fora. A viagem é dentro de nós. Só vale a pena ir à Índia, se estiver disposto a viajar consigo mesmo e aceitar que pode descobrir um outro eu.

Como isto de nos descobrirmos e de que caminhemos para a simplicidade do eu; exige que algo se dissolva, notamos com dor muita da realidade a desfazer-se, um mar de descontentamento. Até se pode pôr uns óculos mas a ideia não é vermos aquilo mais rosa, mas sim criarmos algo de novo com a descoberta.

A sensação de liberdade acompanhada por sentido de integração num todo muito maior que o nosso mundinho terreno.

Dinâmicas da vida

Todas aquelas situações todas, acontecimentos e sentimentos que nos parecem contraditórios, aquelas oposições, quadraturas e algumas
conjunções que se espelham nas cartas pessoais. Aquilo que nos faz ser assim mas também…, o que nos obriga a lutar, a render e a crescer.

Nesta altura nos céus existe uma quadratura importante; Úrano – Plutão, esta quadratura está reflectida na carta de cada um, para uns mais activa do que para outros, a fricção torna-se protagonista quando em Casas Cardinais ou tocando pontos sensíveis do horóscopo pessoal.

Se com Plutão a transformação (morte) vem de um ajuste de contas com os outros; Plutão Casa 8 – valores dos outros – a nossa perspectiva de poder e
o esforço que fazemos em busca da valorização de outros, a dinâmica do regente desta Casa, (não a auto-estima assuntos da Casa 2).

Agora Plutão em Capricórnio, poderá ser sentido como uma pressão – obrigação – um dever – como se estivesse atado de mãos e pés. Capricórnio tecnocrata,
responsabilidade, antiguidade, estes deveres podem vir em forma de maiores responsabilidades monetárias, aprisionamentos a responsabilidades; profissionais, pessoais ou com mais velhos e que se transformam em restrições pessoais. Deixamos de poder. Sem saída.

Por outro lado temos Úrano, em Áries, que nos exulta à libertação, que nos apela ao novo, que impele ao desapego de todas as grilhetas. Esta dinâmica é forte, fracturante em alguns casos.

A libertação assusta, o medo do novo versus o que conhecemos, bom ou mau conhecemos e o novo não sabemos o que, ou como vai ser. O tomar de decisões torna-se um exercício violento, nós versus a injustiça dos outros que detêm o poder.

As respostas e os caminhos terão que vir de nós, para isso temos que nos equipar da maior das honestidades para connosco, o que somos, o que tememos, o que temos de transformar interiormente para que nos libertemos. Enfrentar a morte e o que tem de morrer para que o novo se instale. Reconhecer o nosso Poder.

Cada um tem o seu tempo, só necessita estar atento e, saber que pode. O tempo dinâmico da dúvida é o tempo certo para aferição, para fazer o balanço, para a tomada de consciência e de responsabilidade própria.

Porquê

Quando Plutão desafia a Lua, não tem como não ser emocional.

Podemos ter a Lua em qualquer Casa, não podemos nunca esquecer a que rege.

Plutão transforma, essa transformação para que aconteça exige uma dor de morte. Se não nada mudaria.
A morte não é necessariamente física. A dor tem que ser sentida, uma perca e sentimentos de impotência.

A primeira reacção; a necessidade de nos defendermos. De alguém ou de algo que nos feriu de morte.

Quando no horóscopo natal, Plutão - Lua (conjuntos, quadratura ou oposição), a pessoa tem tendência a padronizar a reactividade. Como se habituou a se defender de figuras demasiado intrusivas, normalmente do sexo feminino. Provavelmente irá repetir, por vezes gratuitamente e reflexivamente. Até perceber que a infância já passou... e agora as escolhas são suas.

No caso deste aspecto acontecer já em adulto e, consciente de que as coisas não acontecem por acaso, de que não somos somente vitimas inocentes. Depois das feridas lambidas, há que entender o que se semeou, para chegar aquele ponto ou situação, o que dentro de nós necessita ser transmutado.

Isto é a aceitação e co-responsabilidade no nosso processo evolutivo.

A minha Lua, rege as minhas Casa, 7 e 8, experimentei já a perca por morte física e,a outra.

Se a primeira nos transforma, já que somos obrigados a crescer sem os outros que nos valorizavam (Casa 8) e nos quais nós nos revimos. Por ser física, a aceitação não que seja mais fácil mas torna-se porque o nosso ego não foi atacado. Foram sim as nossas emoções.

No caso das outras percas, a juntar à dor, vem a ferida do ego, fomos postos em causa violentamente. Nós, como nos vemos e como queremos que os outros nos vejam.

É necessária vontade e, muita para se olhar estas alturas de vida como oportunidades para abrir as portas à verdadeira transformação.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

AutoFocus

Desfocado e a continua necessidade de novo, de mais... a busca de um lugar melhor e das recompensas.

Neptuno e Júpiter. Não é por acaso, que ambos regem Peixes; o moderno e o antigo regente, também não é à toa que a sua simbologia evoca a Casa 12. O último reduto.

Na carta pessoal, a ver o que cada um rege e sua interacção com os restantes planetas.

Uma vez encontrados, encontramos o nosso plano de fuga, quando nos sentimos confinados pelas circunstâncias.

Como todas as fugas, podem ser oportunidades ou um desvio que nos cria a ilusão de... Nestas alturas a sensação de desconexão pode tomar conta, não se saber o que se quer e para onde se vai. O processo é interior e, parecendo improdutivo quando não consciente.

Júpiter encontra Neptuno (conjunção), a cada 13 anos; a última vez em Janeiro de 2010, a 24º de Aquário, alguns poderão reflectir/relembrar a energia ou a dificuldade de lidar com a realidade.

Principalmente aqueles que tiverem no seu horóscopo, planetas ou ângulos, no grau 24º dos signos, Aquário, Leão, Escorpião e Touro. Em se tratando de signos Fixos, a integração do todo, a única saída possivel.

Relembro este ciclo, numa altura em que Saturno (23º Escorpião) aspecta aquele mesmo ponto; obrigando a uma revisão/concretização do que então estava em causa. Das escolhas feitas. Do que vamos fazer com o que aprendemos desde então. De como iremos integrar a realidade, que conscientemente ou não criámos.

A raiz de todos os medos.


É conhecida a simbologia de Saturno; necessidade de controle, estrutura, estabilidade, disciplina, alicerces, determinação, ambição, regras, restrições, repressão, demoras, tradição, status quo, figuras de autoridade, frustração...

Entender estas necessidades, aplicar esta simbologia ao nosso mapa, crucial para que cada vez mais despertos e conscientes possamos, responsavelmente, livremente seguir o nosso caminho.

Logo desde cedo, encontrámos dificuldades, absorvemos medos, sentimos-nos reprimidos, limitados e confrontados, logo padronizámos onde seria necessário uma disciplina redobrada. Cada um tem a sua história.
A Casa que rege e como Saturno se liga com os restantes planetas, dá-nos indicações muito claras desta raiz.

Ao longo da vida, Saturno em transito, vai reflectindo momentos de vida em que houve necessidade de tomar de decisões, marcar posições. A tendência é para que se recriminem as circunstâncias, os medos atávicos saltam, as sensações de limitação...

Entender o que está em causa, olhar de frente; recordar quantas decisões foram tomadas por medo,...aonde estas nos levaram, do quê que ainda nos condiciona...
Serão as perguntas pertinentes a colocar num próximo encontro dinâmico de Saturno com um planeta da vossa carta.

De como estas raízes ainda nos prendem em vez de nos sustentar.

A importância dos lados.


Virada para esquerda ou direita. Para cima ou para baixo.

É comum olharmos para cartas astrológicas e verificar que os planetas estão aglomerados mais para um lado ou de outro.

Numa carta tudo é importante; uma primeira indicação leva-nos a uma outra e outra ainda, a certa altura todos os símbolos ecoam a questão principal.

O que necessitamos experimentar para evoluir e nos sentirmos cada vez melhores.

Observando os hemisférios; quando se vê uma predominância para Este (Ascendente) uma protecção do ego estará patente, por isso mesmo ao longo da vida irá ser este o seu maior trabalho, aprender a abrir e a partilhar. Quando? Só o próprio poderá dizer, consoante a abertura como acolheu os desafios que se repetiram.
Quando toma consciência da necessidade de quebrar os padrões de mecanismos de defesa que o têm impedido e boicotado.

No caso da predominância estar no lado oposto (Descendente) uma exagerada projecção sobre os outros, a necessidade de validação afasta-o do Eu, podendo resultar numa desresponsabilização. Terá que aprender a ouvir-se e a conhecer o mote próprio.

Quando a maioria dos planetas se localiza no Sul (FC), antevemos a necessidade da segurança no lar. O que foi que desde cedo instigou a procura desta segurança?

No hemisfério contrário, Norte (MC), a necessidade de reconhecimento.

De seguida facilmente se encontram as áreas que escolhemos para viver experiências dinâmicas, que nos fazem crescer.

Quando os mundos colidem.

Em preparação.

Neptuno transita em Peixes. (2011-25).
O potencial para o amor incondicional ou para a desilusão.

Falar de Neptuno é falar de confusão, idealismo, visualização criativa, espiritualidade, camuflagem, auto-destruição, escapismo, drogas, fantasia...

Neptuno em transito demora cerca de 166 anos para completar a sua órbita, por isso nunca como seres humanos, a experimentamos completa.
A oposição de Neptuno ao Neptuno natal, acontece por volta dos 82 anos de idade do individuo.

Entre os 42/44 anos de idade, dá-se a quadratura. O que está ou irá acontecer, a quem tem na sua carta natal, Neptuno em Sagitário (nascidos entre final de 1979 e inicio de 1984)

Falar de Neptuno em Sagitário é falar de fé, de conhecimento, de filosofia; a essência e a mística. No caso, importantíssimo um contra-ponto, o espírito critico, para que não se embarque à toa. Embarcar é fácil. O idealismo está nos picos.

A sua posição na carta, dá-nos boas indicações de como vamos atrás dos sonhos, dos possíveis escapismos mas também aonde nos sacrificamos pelos outros, como gostamos e nos
disponibilizamos para ajudar.
Afinal ali reside o potencial do amor incondicional.

A quadratura de Neptuno ao Neptuno natal, é uma das energias características da crise da meia-idade.
Esta é uma energia subtil, demora o seu tempo já que estamos a falar de um transito lento.
Questionar as nossas crenças não é um exercício fácil, poderá parecer uma colisão de mundos, o sensorial e real.

Este tempo requer compaixão e amor incondicional para com o próprio, abertura para novos insights, que vêm aperfeiçoar ou substituir os que já se conhecia. Novos sonhos de vida podem emergir.

Em 2015, Saturno em Sagitário, irá em alguma altura passar este mesmo ponto da carta (Nept qdt Nept), altura de limpar poeiras e concretizar novos propósitos.

Por isso até lá, não tente escapar (no caso de estar na rota), agarre a oportunidade criar o seu próximo sonho. Para estruturar o que visualizou.

A imagem é do filme Inception, se não viu, é esta a boa altura para o visionar.

Também é amor

auto-estima (2) expressão amorosa (5) valorização dos outros (8) o amor que recebemos dos outros (11).

Sexo também é amor.

As Casas sucedâneas - de segurança.
Como damos e como recebemos.

Piotr Ilitch Tchaikovsky
, compositor russo nascido a 7 de Maio de 1840. Os dados biográficos apontam para várias crises existenciais, uma (homo)-sexualidade escondida.

Mercúrio em Áries rege a Casa 5 (expressão artística e amorosa) conjunto com o co-regente Vénus (idealização e romantismo) reforçados por Plutão.

Esta tremenda energia para exprimir, (Fogo) para se dar está desafiada por um contacto com a Lua em Virgem, que regendo a Casa 2 (auto-estima) necessita ser brilhante, atingir a perfeição.

Provavelmente começando por se criticar a si mesmo.

Saturno em Sagitário, ambição de respeito e reconhecimento, rege a sua Casa 8 (como os outros nos valorizam e parte integrante o perfil sexual) a tensão entre o convencional e a sua liberdade - a sua de ser, a irreverência e rebeldia, espelhada na quadratura com Úrano regente da Casa 10 (um dos pais e o status social). Esta fricção permanente, irá reflectir-se na sua vida adulta:

A morte prematura da mãe, e a dificuldade em viver a sua orientação sexual.

Neptuno, regente da Casa 11 (como nos sentimos amados) também recebe contactos desafiantes. Logo exige trabalho para obter o sentimento que se deseja.

Quantas vezes não nos damos por inteiro?
Por medo de não sermos aceites? Ou porque não nos aceitamos verdadeiramente?

A Lua em Virgem regia o Ascendente de Tchaikovsky, não lhe seria fácil aceitar criticas, intimidado pelos outros, defende-se na rotina e cultivando padrões de normalidade.

No caso, a escolha foi não aceitar a sua diferença, contraiu um casamento convencional. Morreu cedo e desconfia-se que se tenha suicidado.

Não teremos que viver todo este dramatismo, nem tão pouco nos debater com este desafio, mas todos queremos nos sentir amados.
Então porque não somos?

A energia sexual, como as outras, cresce quando partilhada. O que é diferente de emprestar ou dar o corpo a outrem. Ou de utilizar outros para uma satisfação unicamente pessoal.

2-5-8-11 esta é a sequência para encontrarmos a (nossa) resposta. Como nos valorizamos, como nos damos, como nos sentimos valorizados, como nos sentimos amados.
Vénus e a necessidade de expressão social.

Vénus no horóscopo, diz-nos muito acerca da forma como nos apresentamos, como cuidamos da aparência. O sentido de estética, o ambiente que criamos para nos sentirmos confortáveis. Os prazeres sensoriais.

Regente dos signos Touro, Terra e fixo, a parte da matéria (material) está mais presente como forma de satisfação, já em Balança Ar e Cardinal os seus valores passam a ser mais idílicos, menos palpáveis. A necessidade de se sentir apreciada subsiste, o mental sobre a matéria.

Todos temos uma Vénus, uns mais conservadores, outros menos, uns mais românticos ou idílicos... Os diferentes padrões espelhados no horóscopo pelas condições em que esta se encontra na hora do nascimento.

Ao longo da vida vamos tendo oportunidade de contactar com diferentes facetas, não da Vénus mas nossas. Experimentar coisas novas, inusitadas. Atrair diferentes tipos de relacionamentos.
Quando a Vénus natal recebe um importante trânsito podemos dar connosco a apreciar alago novo ou a apresentarmos-nos de outra forma.

Esta nova vivência tem uma razão subliminar, a de nos fazer entender partes de nós com as quais não contactamos habitualmente.

Úrano em Áries, cria estas oportunidades para aqueles que tiverem, a sua Vénus, nos signos (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio) tendo em conta as orbes do transito. E não perdendo de vistas as Casas regidas.

Irá sentir o contacto dinâmico; em forma de um maior atrevimento, uma vontade de arriscar, de se libertar...

Esta necessidade do diferente, de mudança poderá chegar através de um novo relacionamento, de uma nova paixão...e não só. Ao encontro de cada um virá a vivência adequada para o que tiver que ser libertado.

A maior experiência e a mais libertadora será aquilo que descobrir em si e que a eleva e distingue.

...preciso morrer

Something must give.

Para renascer tem que se morrer. Não nos podemos transformar mantendo tudo como até ali.

Os desafios de Plutão, são sempre assim, um teste de força, sem meios termos, a perspectiva que se altera pela força que se descobre dentro de si.

Antever ou rever épocas de vida em que as circunstâncias se alteram (reflectidas por um transito de Plutão), apenas pelo que lhe foi tirado, ou pelo que se ganhou fisicamente é redutor.

Será necessário entender a transformação profunda, as fronteiras do poder pessoal.

A consciência do processo ajuda; não sendo rápido e ligeiro, chegar aos extremos nunca é. Mas é Plutão, que não faz nada por menos, ou tudo ou nada.

Esta transformação e o que está em causa, é algo muito pessoal; como o é sempre. Podemos aprender e ler acerca da sua simbologia e estudar casos sem nunca esquecer que somos únicos e portanto a nossa história, a nossa transformação é sempre singular.

Seja o que for, circunstância, que lhe chegue acredite que a única forma é enfrentar e assim descobrir forças que desconhecia.

"The call of death is a call of love. Death can be sweet if we answer it in the affirmative, if we accept it as one of the great eternal forms of life and transformation."
Hermann Hess

Quando se altera a ordem

Da 12 para a 3.
Da 9 para a 6.

Sei que se começa a contar de ordem diferente.
Dentro do ciclo que é o horóscopo, a alteração da ordem não contraria o resultado.
Acrescenta e alarga perspectivas.

O Universo disponibiliza o conhecimento infinito.
O universo que somos nós, CONfinamos o conhecimento.

As probabilidades as oportunidades infinitas.

A Casa 12, tida como a do confinamento, (quem quiser pode ler mais abaixo mais acerca). É uma das Casas de extrema importância quando analisamos o perfil das doenças.

Afinal, a energia retida, que não posta ao serviço se transforma em doença no portador.

Será sempre (sempre) necessária uma analise do todo mas quando o regente daquela Casa "anda" e desafia um outro planeta da carta; algo oculto clama pela luz.
Assim como quando um planeta na dita Casa 12, recebe um desafio continuo de um trânsito longo.

Ao longo da vida vamos tendo diversas oportunidades, podemos ou não reconhecê-las.

À medida que a nossa consciência se eleva, por isso da 12 para a 3, que sendo esta a Casa da expressão verbal; algo mais terá que ser verbalizado, o que quer que seja que se tenha tornado consciente, que tenhamos intuído.

O eixo 3-9 (do entendimento) uma parte da Cruz Mutável, completada pelo eixo 6-12: a energias de uma cruz, astrologicamente, sugerem a necessidade de integração.

Gosto de ver esta Cruz como a da Cura pelo Entendimento.
Os Pensamentos ao Serviço com Sabedoria e Compaixão.

O ninho

Aninhar é a minha imagem de eleição para melhor sentir a 4ª Casa no nosso horóscopo.

Representando as várias fases do ninho; a 1ª aquela que somos criados, (a casa da infância) recebendo cuidados amorosos e nutritivos até ficarmos fortes e depois em adultos onde iremos ser nós a dar e criar o conforto, o amor que sustenta ajuda a crescer.

Um ciclo que se repete noutras circunstâncias.
É natural e compreensível que no tipo de amor maternal que emanamos e procuramos haja influências trazidas daquele que recebemos na infância.

Ter um filho acarreta sempre transformação o que se torna duplamente interessante, quando verificamos que a Casa 8, é a quinta a partir da 4ª, quando nos transformamos em pais (os filhos da nossa casa).

Quantas vezes damos aquilo que aprendemos?
Por vezes é necessário um renascimento. Quebrar padrões!

Não defendo que esta Casa (4ª) seja a da mãe, vivemos numa era em que a família parental se transformou no que respeita ao género, número e papeis atribuídos.

Entendo o arquétipo da Lua, regente da Casa, pela sua energia que envolve assuntos de família, na sua soberana necessidade de segurança emocional, se quiserem o lado feminino que existe em cada um de nós.

Sendo uma Casa crucial, palco onde se dão transições ritualistas, como um passarinho tem que quebrar a casca para sair o que não deve ser tarefa fácil para este, assim acontece quando um transito de respeito atravessa este braço Angular da carta; algo acaba (quebra) para outra coisa começar.

Quando num horóscopo esta Casa se encontra lotada, é natural que assuntos na infância tenham tido um tónica mais marcante e que necessitem que o adulto os ponha em perspectiva, os deixe no passado para que possa continuar com a sua vida livremente. Crie a "sua" família.

Todos trazemos memórias de infâncias, impressões e marcas que fazem parte do que somos hoje, mesmo não havendo planetas aqui residentes.

O regente da Casa e as condições em que este se encontra fornecem fantásticas pistas para se aceder a esta parte importante do nosso horóscopo; o lar dos nossos pais um dia e mais tarde o nosso.

"I learned the way a monkey learns-by watching its parents.!

Citação do Príncipe Carlos
, que tem a 4ª Casa bem preenchida e o regente Vénus e o próprio Ângulo toldado pelo contacto de Neptuno, quem sabe um pouco dos mexericos desta casa real, não pode deixar de reconhecer como é apropriado.
Uma dinâmica que se reflectiu na sua vida de adulto.

Noticias.

Sinais dos tempos.

Trecho de um post do meu blog data 24 Set. 2010


"Se Plutão em Capricórnio pode ser a figura de um déspota a governar controlando possessivamente o seu reino, tem o outro lado de uma possível derrocada resultante do nepotismo"

Saturno transita em Escorpião, uma perfeita oportunidade para observar a mútua recepção, quando os planetas não estando no seu ambiente, signo, estão tão à vontade como se tivessem.
Sem cerimónias fazem o que querem.

Se Saturno um exímio praticante da restrição em Escorpião tende a levar esta energia ás últimas consequências.

Plutão, luta por poder, em Capricórnio a ambição desmedida.

Todos os dias assistimos nas noticias a mais uma, proibição ou lei déspota.
Pessoas para quem liderar é um exercício de força, em que o medo de perder é Enorme.

Na carta da Venezuela será interessante observar; o transito de Saturno no Ascendente que em astrologia Mundana, representa o povo da nação. Plutão em transito oposto ao Sol, já por si sintomático e se mais precisássemos, o Sol rege o MC, o partido no poder.
O exercício de força do governo, restringindo o seu povo.

Na carta da Ucrânia, Plutão em cima de Neptuno regente da Casa 3, em astrologia Mundana; os países vizinhos e assinatura de contractos.
Saturno transita sobre Plutão, regente da Casa 12; actividades criminosas.

Nesta troca e baldroca que nos é dada conhecer, o trânsito de Úrano no FC (o berço/a terra da nação), logo o MC também desafiado, o poder politico.

Existem interesses menos claros, nesta parceria. A situação tem algo de volátil.

Em preparação...

Todas a festas precisam de preparação.

As boas festas dependem dos cuidados e preparativos que providenciamos. Depois de todos os detalhes passados em revista, confiamos que a festa vai ser memorável.

Quando de confiança se fala, Júpiter (ajuda), o seu efeito é de expansão. Pura e simples.

Em contacto com Sol, aumentando aquela essência seja ela qual for, com Saturno (já falei mais abaixo) a razão que lhe assiste, com Vénus aquilo que lhe der prazer, etc.

Por isso para o comentário daqueles que sentem ou dizem - que o Júpiter deles deve estar avariado, situações em que eles tinham absoluta confiança e o resultado foi contrário aquilo que eles tinham considerado garantido.

A resposta é que o Júpiter não estava avariado já que eles próprios reconheceram a grande confiança do momento. A energia estava à sua disposição, deu-lhes confiança.

Há uns anos, numa consulta:
O estudante que vai a uma entrevista de trabalho (Júpiter transitava sobre o seu Sol que regia a 9ª Casa, estudos superiores) que lhe estavam a correr de feição.

A entrevista de trabalho, tinha sido sugerida por um amigo, que pensou ser uma boa oportunidade para o estudante ganhar algum dinheiro. O próprio não tinha a certeza de que iria gostar. Neptuno Arco Solar no seu Ascendente, as dúvidas pessoais.

Na conversa, vai-me contando como foi para a entrevista bem à vontade, "ia cheirar", não estava muito convencido... A vaga foi para outro e ele queria entender porque não ele.
Dizia ele que Júpiter estava lá...esquecendo o que esta energia lhe estava no momento a facilitar, o seu curso quase a acabar, apesar da confusão pessoal que o assolava naquele tempo.

Para quem gosta de ir acompanhando as movimentações do seu mapa; quando virem um contacto de Júpiter no futuro, meditem sobre o que ele vai expandir e o que poderão fazer...

Se no MC, muito provavelmente algo ligado à vida profissional, para maximizar o potencial e aproveitar tudo a que se tem direito, terá que começar logo a preparação para a...Grande Festa.

Aqui há uns anos em cima do meu Ascendente, engordei mas também estudei e viajei muito. Foi uma Grande Festa, o meu EU expandiu-se.

No alto

Voando alto.

Num mundo perfeito, ninguém julgaria ninguém, palavras de desdém não seriam proferidas, nem mesmo olhares de, não pensaríamos em desgraças para nós ou para outros.

Não haveria medo.

Não se emanavam energias negativas.

Teoricamente já sabemos que somos responsáveis por parte dessa toda energia que nos circunda. Muitos já experimentaram ambientes em que a união de boas energias os fez sentir voar alto. Como acontece numa meditação colectiva ou noutras ocasiões de sintonia.

O difícil é mantermos essa energia 24 horas, quando nos cruzamos com outros, quando lemos algo que nos incomoda, quando somos confrontados com situações que nos fazem reagir.

Este trabalho exige treino, disciplina e responsabilidade. Não diário mas em todas as horas. É sempre mais fácil culpar outros por nos termos "desalinhado".

A propósito da formação exacta que se aproxima, sou abordada muitas vezes com a questão;
- não está com medo do que as previsões dizem que vem por aí?

Tenho treinado a minha tolerância!
Sinceramente nada preocupada. Mais empenhada em fazer parte da transformação.
Outras Cruzes aconteceram, o mundo não acabou nem vai acabar. E cada um vai continuar com as suas escolhas. A verdade é que a mudança é um processo dinâmico.

Para mudar é preciso acordar. Despertar é um processo dinâmico, acordamos para um novo dia e queremos que este seja melhor, que nós sejamos melhores pessoas. Sabemos que temos de fazer algo para o tornar melhor, deixar que este melhor chegue só de fora...já se sabe que pode vir ou não.

Este apogeu de energias, têm a qualidade que lhes quisermos dar.

Escolhemos vibrar no medo OU na oportunidade para abrir, libertar-se de...
Aguardamos que o mundo mude OU intervimos na transformação.

A Cruz Cardinal - Energia dinâmica para iniciar.

Energias disponiveis:

MARTE - ÚRANO tremenda energia para se iniciar, súbita consciência do individuo como parte integrante do colectivo. Enorme vontade de agir.

JÚPITER - PLUTÃO Confiança para abraçar novas perspectivas, acreditar no poder pessoal para transformar o mundo. Acordamos para a junção de recursos. Os nossos propósitos expandem-se.

Não precisamos do medo, da dúvida e resistência que nos impede de voar alto.

Sinais de frustração.


Porque me têm chegado ultimamente, desabafos, comentários e queixas, de como se têm sentido frustrados em levar um plano adiante, em conseguir colaboração...

Em comum encontro em todas as cartas, o Ascendente desafiado, o próprio ângulo ou o regente deste.

O Marte Rx no momento, ecoa na maioria das vezes, pela Casa que atravessa e contactos, a área de vida onde parece estar focada a dita frustração.

Não sendo o responsável mas um reflexo. O perigo de ficar preso à imagem ou seja ao estado de frustração.

Sendo um reflexo, algo que nos é devolvido. Entender porquê, o que estamos a projectar.

Em se tratando de Marte, a nossa vontade de fazer, - EU e as minhas iniciativas.

São estas iniciativas e vontades próprias que no momento necessitam uma estratégia diferente.
Que arquétipo desafia o Ascendente? Onde está o seu regente?

O que eu iniciei e as expectativas que criei. Como QUERO que me vejam?

Digam lá, que o Universo não é sábio? Nós é que somos teimosos!

Este teste, aos nossos quereres, têm por detrás uma ordem maior. EU=EGO. Logo que o entendamos, a frustração desaparece dando lugar à necessidade de revisão e a-melhoramento dos ditos planos.

Quanto mais rapidamente nos virarmos para o entendimento, maior proveito tiramos desta lição. A primeira pergunta.

Porquê que queremos?

Depois da resposta.

Revisão.

Chiron retorno

Entre os Centauros.

Após a crise da meia idade; quando tivemos oportunidade de mudar ou rectificar o nosso percurso; começando na quadratura de Plutão, seguida pela oposição de Úrano e terminando na quadratura de Neptuno. Valores revistos, necessidades de libertação e confronto com a essência despida de ilusões.

Aos 50 anos acontece o retorno de Chiron.

Chiron nasce da união de Saturno e uma mortal, este centauro diz o mito era diferente dos outros, metade bestas, os centauros eram excessivos e pouco confiáveis.

Chiron era ajuizado, um filosofo, professor e curador, um dia uma seta envenenada, deixou-o ferido e, incapaz de se curar.
Os deuses concederam-lhe a imortalidade, já que pelo seu conhecimento ele não deveria morrer.
Salvo da morte, Chiron sofria na imortalidade até trocar com Prometeu, a sua imortal divindade e abraçar a morte, a forma de se libertar da dor.

Os Centauros dizia-se serem os mensageiros entre as trevas e a luz. Não esqueçamos Júpiter - Sagitário era um centauro, antigo regente da Casa 12. Muito apropriado quando os transitos deste sugerem expansão, abertura de portais.

Aos 50 anos, o pensamento de como nos vemos daqui a 10 e depois, é muito mais recorrente. Queremos largar a dor e aproveitar a vida cada vez com mais qualidade. Como Chiron desistimos da dor.

Tomamos consciência de que legado queremos deixar. Ou seja aonde nos tornamos imortais para aqueles que tocarmos. Como seremos relembrados.

Onde está Chiron, a Casa onde reside, a dor que trazemos mas também aonde podemos ensinar e curar outros. Aonde reside a nossa imortalidade. A idoneidade que vem da dor?

Reparem na 10ª Casa a contar da Casa onde Chiron está na vossa carta;

Chiron na 1ª, a personalidade ou mesmo o corpo físico ferido, a imortalidade dos valores pessoais. Esses mesmos que têm que ser trazidos para a vossa vida profissional.

Na 8ª Casa, as feridas trazidas relacionadas com sexualidade e abandonos. A 5ª Casa do vosso horóscopo será a 10ª; curar outros na sua expressão amorosa.

Na 3ª Casa Chiron, a dor com irmãos, comunicações.
O legado a deixar através do que se verbaliza, a Casa 12ª, será a 10ª a contar de Chiron, ajudando outros a sair dos limites que os condicionam, a entenderem o seu potencial muito mais abrangente.

A Casa 10, a da profissão, a da vocação.
A 10ª Casa, a contar da ocupada por Chiron, aonde podemos tocar os outros, como curadores.

(este trecho é uma introdução a um workshop a realizar em breve. O estudo aprofundado de Chiron, Casa - signo, um trabalho de auto-cura pela ajuda a outros
)

Criar

Inspirar e expirar.

Criar.

Quando inspiramos trazemos para dentro ar que depois devolvemos. Inspiramos o que nos rodeia em qualidade e quantidade.

Todos já experimentámos momentos de inspiração e também já nos sentimos sem inspiração alguma para fazer ou resolver.

Respirar é um processo natural, não exige esforço mental. Assim como a inspiração criativa, ela chega naturalmente. Quando a queremos à viva força, ela tende a escapar-se-nos.

Criatividade, cuja definição diz ser um processo que gera algo de novo e valioso. Com a devida atenção, uma vez que o "novo" e "valioso" como tudo são relativos.

Em astrologia a Casa 5, é a da expressão criativa, onde devolvemos o que inspirámos. Não é por estarem mais ou menos planetas nesta Casa, que alguém é mais ou menos inspirado.

Não seremos todos artistas mas podemos ser mais ou menos inspirados e criativos no nosso dia-a-dia; podemos ser valorizados pelos que nos rodeiam.
São inúmeras as formas artísticas, números, escrita, pintura, ideias, música etc.

A Casa 5, é a 6ª a contar da 12ª. Esta última a tal da confinação, quando bloqueamos a integração.
Quando o ser humano se liberta, vai poder colocar ao serviço e exprimir o que intuí=inspira. Integrando o irreal que nos cerca, com o aqui e agora.

A Casa 10, é a 6ª a contar da 5ª. Quando a criatividade é expirada=devolvida na sua profissão, um serviço que presta.

“I dream my painting and I paint my dream.”
Vincent Van Gogh

Não tinha planetas na Casa 5, regida por Vénus que "disposta" por Neptuno regente do MC. O verdadeiro conforto vinha do imaterial, o sentido do belo proveniente do sonho.
Mercúrio em Áries, sentido para iniciar, regia-lhe a Casa 12 e estava potenciado por uma conjunção de Plutão, co-regente da 5ª.
A necessidade de criar o que intuía era enorme.

"Talento é 1% inspiração e 99% transpiração"
Thomas Edison

Vénus rege a sua 5ª Casa, bem como o MC. Vénus conjunta a Saturno, podemos perceber na frase, a necessidade de trabalho e paciência para criar. Plutão em Áries rege a sua Casa 12, um pioneirismo para transformar.

Muito mais havia para dizer das vidas de ambos, as cartas são fascinantes como os próprios.
Diferentes expressões de criatividade.

A frase que cada um usou para ilustrar a criatividade é elucidativa da inspiração colocada no seu trabalho.

Inspire-se e escolha a sua própria frase.

Quereres

Como escolhemos o nosso par.

Quando o assunto são relacionamentos, será importante ter consciência do que está por detrás da escolha, o que queremos não é muitas vezes o que necessitamos.

O "querer" é uma vontade o ego e este (Ascendente) está oposto ao (Descendente) a 7ª. Uma oposição, duas energias diferentes que necessitam integração.

O que queremos leva-nos a escolhas e estas a experiências de vida.
A qualidade do outro, quer gostemos ou não, devolve-nos o que o nível de consciência egocêntrica usada na escolha.

Depois de nos entendermos e nos libertarmos dos padrões herdados que repetimos nos relacionamentos, tomamos consciência da nossa responsabilidade nos mesmos.
Alteramos comportamentos e quereres.

Uma boa parte desta energia pode ser estudada, observando os arquétipos dos signos opostos. Seguida pela observação de como se encontram os regentes das Casas. Não descurando planetas opostos nas ditas.

Para exemplo lembrei-me da Elizabeth Taylor.

Sagitário Asc. natureza jovial e aventureira, Gémeos Desc. a variedade e multiplicidade.

Júpiter em Leão (necessidade de reconhecimento do ego), de adoração, haveria muito mais a dizer mas para este exercício fico por aqui.

As suas próprias palavras acerca dos vários casamentos:

«I feel very adventurous. There are so many doors to be opened, and I'm not afraid to look behind them

Mercúrio conjunto com o Sol, idealismo, em Peixes, a lógica que perde para a emoção, podemos imaginar a fantasia idealizada, juntando a oposição do próprio Neptuno. Um mundo muito próprio, um oceano de emoções, na busca incessante do par ideal.

«I've always admitted that I'm ruled by my passions.
»

Sagitário está sempre aberto ao novo, ao que vem a seguir, Gémeos diversifica.
A necessidade de reconhecimento pessoal aliada à própria ilusão em busca nos outro(s) de um ideal.

Não a temos aqui para aprofundar a conversa, sabemos que casou 8 vezes e disse que sempre apaixonada.

o tempo do tempo

Indícios de repetições.

Inicio e fim de trabalhos.

Quando de movimentos retrógrados se fala, já se sabe que mais tempo o planeta está em determinado signo e que poderá passar mais que uma vez em determinado grau.

O ponto, o grau, torna-se mais importante quando corresponde a um ponto dinâmico do mapa natal. O dono do mapa poderá ser acordado pela dinâmica natal.
Estas activações podem "trazer" à luz, assuntos passados, já iniciados ou por completar.

Há poucos dias, o Sol oposto a Marte Rx (18º): 1 ano após a conjunção, (Marte+Sol+Vénus em Áries, inicio Abril 2013).

Caso na altura tenha tido lugar alguma acção reactiva, pode ser que as consequências ainda perdurem. Ou seja que a situação, de um determinado assunto, seja o resultado do que então foi semeado.
Pode ser que alguns assuntos voltem ao pensamento, em forma de;
se tivesse sido de outra maneira... ou como cheguei a esta situação...que outras acções poderiam ter sido tomadas... Pode acontecer que os nossos pensamentos e vontades, atraiam a energia do efeito, num retorno.

No inicio de Julho, logo nos primeiros dias; Marte já no seu curso Directo, passa neste mesmo grau.

Não há que parar, é seguir me frente.
O tempo não pára.
Um ciclo lunar, já se sabe bom para iniciar. O melhor desta energia, a determinação, força de vontade e foco.

Boa altura para falar do Sol e Lua em Touro, signo Fixo, de Terra, regido por Vénus.

Com estes dois luminares conjuntos, o hedonismo pode ser perseguido, bem como uma enorme necessidade de manter as coisas como estão. O uso dos recursos, nossos e dos outros, são moldados para beneficio próprio.

Afinal Touro é o regente natural da Casa 2, a da auto-estima, como nós nos apreciamos, os recursos que sentimos nossos.
Um ponto chave na nossa determinação.

Quanto melhor nos sentimos mais e melhor vamos dar. Temos que aprender a valorizar-nos.

Precisamos todos desta tenacidade e focalização mas não tão teimosos que paralisemos. Precisamos aprender a arriscar.

“As individuals express their life, so they are.” Karl Marx
expressão, Sol e Lua conjuntos, em Touro, com Vénus a reger a sua Casa 3. É uma carta que merece ser estudada, a determinação que ele empregou à causa em que acreditava.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Convites

A propósito do que os planetas, fazem ou trazem para a nossa vida; na verdade não são eles os planetas que fazem mas nós, da mesma maneira que uma não decisão é uma decisão.

O tal do livre arbítrio existe, podemos dizer que não podíamos...que não havia condições para... que não tivemos ajuda para. Podemos passar a responsabilidade da nossa decisão para as circunstâncias.

O que realmente acontece é que respondemos aos convites, consoante a maturidade que temos no momento.

Os planetas se bem que não façam nada, quando estão num signo em trânsito têm a sua simbologia e, os assuntos da área da vida, a Casa onde transita, recebem um convite.

Plutão sabemos reformador de perspectivas prepara-se para ficar Rx, uma vez mais, no signo de Capricórnio. Em se tratando de trânsitos lentos com energias profundas, invariavelmente marcam épocas de vida de mudanças.

Qualquer que seja o ângulo, a Casa onde o signo de Capricórnio se encontre e, planetas que por lá estejam, adicionando mais necessidades pessoais. Plutão convida para uma nova perspectiva, uma mudança nos assuntos relacionados com a(s) área(s) de vida desafiadas pelo transito. (oposição, quadratura, conjunção)

Plutão aponta para um renascimento e, para tal uma morte emocional. O medo surge, sentimos-nos ameaçados. O propósito é uma alteração profunda no nosso ego e do que lutamos para manter, o instinto de sobrevivência.

Caso tenha idade suficiente para olhar para trás, há 37 anos atrás. Plutão transitava em Balança, activando (quadratura) os mesmos graus por onde agora passa.

A idade era outra e a área de vida em destaque, no entanto em se tratando de transformações, estas repercutem-se em outras áreas de vida. Rumos de vida que se tomaram, experiências que levaram a que...

Sendo transitos geracionais, quando aplicados ao horóscopo pessoal responsabilizam-nos individualmente, no sentido que são para ser por nós vivenciados.

Se há 37 anos era uma criança totalmente dependente, a mudança experimentada pela situação familiar, mesmo assim esta foi para si. O ambiente em casa do pais mudou, o convite foi-lhe entregue a si. O que se transformou terá sido de acordo com o que era necessário, mais importante do que o que aconteceu, é como a pessoa se transformou e/ou lidou com o dito desafio.

Superação

Merecemos sim.

Quando os medos de rejeição nos condicionam, torna-se necessário que os ultrapassemos.

Quantas vezes sem razão aparente receamos a rejeição e esta leva-nos ao medo do "não", consequentemente não nos arriscamos a talvez receber o sim.

Úrano, regente moderno da Casa 11; a dos amigos, como nos sentimos apreciados, amados. Úrano já se sabe quer ser único. Saturno regente tradicional, também ambiciona as honras.

Podemos ter outro regente qualquer nesta Casa, importante será perceber o que ele necessita e o que o condiciona.

Não é por acaso, que esta Casa se encontra e quadratura com a Casa 8; a importância que entregamos à valorização que os outros nos dão.

Na essência, a perspectiva é sempre nossa, ao longo da vida o padrão vai-se cristalizando, adoptamos protecções, não nos pomos a jeito, deixamos de viver... A auto-estima debilitada; Casa 2.

Entender esta dinâmica no horóscopo, pode ser transformadora e libertadora.

Os aspectos desafiadores num horóscopo, não acontecem por acaso, servem para nos fazer crescer uma vez sentidos e transcendidos. Indicações muito claras do que cada um terá que superar para viver tudo a que tem direito.

A alegria de se ter vencido um concurso, a recompensa merecida que nos chega. O prazer de nos sentirmos apreciados, amados pelo que fomos capazes de fazer.

As Casas, 2 - 5 - 8 - 11 - braços que formam a Cruz Fixa, a necessidade de Consciência amorosa. A alma em busca da unicidade.
E começa sempre em nós.

Harvey Milk

"The important thing is not that we can live on hope alone, but that life is not worth living without it."
Harvey Milk

Faz algum tempo que vi o filme, uma fantástica representação do Sean Pen. Na altura fui estudar a carta deste homem, que marcou uma geração. Tropecei no escrevi naquele tempo e lá estava uma das formações desafiadoras.

Nascido em Maio de 1930, tem no seu mapa natal uma quadratura (em T) Saturno oposto por Plutão com Úrano em quadratura; (Ur=Sat/PL) Um esforço brutal para iniciar reformas.

Com o Sol em Gémeos desafiado por Neptuno (idealismo).
Com a Lua na 1ª Casa, a necessidade de deixar a sua impressão digital no mundo. Em Peixes, combinação entre a mente e expressão emocional dos ideais. A necessidade de um propósito.

Em 1973 quando dá inicio à sua carreira politica, arco solar de Plutão potencializa, a quadratura Sol - Neptuno, os seus ideais vão ao encontro de muitos. Na Casa 7, os relacionamentos e a visibilidade pública.

Seria em 1977, Júpiter, que lhe rege a Casa 10, em transito sobre o Sol, regente da 7ª Casa; para Milk foi a recompensa do trabalho árduo e dedicado a uma causa, tinha angariado votos suficientes para assento politico.

Todo o processo não foi pacifico mas dos fracos não reza à história. Harvey activou e potencializou o seu horóscopo. Viveu como nós os trânsitos ditos complicados e deu-lhes um significado. Encontrou o seu propósito e viveu para ele.

Lendo o seu percurso de vida, depressa entendemos os vários obstáculos e as crises pessoais, no entanto não são estas o seu legado mas sim aquilo que o levou a fazer.

Assim é a vida, tão maior, quanto a estivermos disponiveis para transformar.